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Sobre vitórias e derrotas. Artigo de Raúl Zibechi

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26 Fevereiro 2022

 

“Os objetivos dos povos não têm relação básica com agendas externas, seja com os calendários eleitorais, as revoltas para tomar o poder ou para retirar alguém do mesmo, mas com o mais interno e profundo de um povo: sua sobrevivência como tal, a persistência do que faz com que continuem sendo povos”, escreve Raúl Zibechi, jornalista e analista político uruguaio, em artigo publicado por La Jornada, 25-02-2022. A tradução é do Cepat.

 

Eis o artigo.

 

Na cultura política hegemônica, as noções sobre triunfos e fracassos, vitórias e derrotas, costumam se referir a situações muito concretas, em geral ligadas aos objetivos finais dos atores em jogo.

 

O conceito de vitória se aplica ao amplo leque que vai do triunfo eleitoral à tomada de poder em consequência de um levante ou uma guerra popular, como aconteceu em 1979, na Nicarágua, e antes em muitos outros países. No entanto, em não poucas ocasiões são celebradas vitórias, digamos táticas ou pontuais, quando determinadas leis são aprovadas ou dificuldades importantes são superadas.

 

As derrotas, ao contrário, gozam de uma reputação tão ruim que poucas vezes costumam ser assumidas pelos responsáveis pelas mesmas que, ao contrário, costumam atribui-las a fatores externos fora de sua competência.

 

A derrota eleitoral da Frente Sandinista em 1990, para seguir com o mesmo exemplo, foi tão brutal que paralisou seus atores em vez de propiciar uma reflexão profunda sobre suas razões. Do mesmo modo é possível ler o triunfo da Revolução Russa, em 1917, e a dissolução da União Soviética, em 1991, que em não poucas análises costuma ser atribuída à traição do então presidente Boris Yeltsin.

 

Neste momento, não é a trajetória do sandinismo ou de outras vitórias/derrotas o que me impulsiona a escrever estas linhas, mas algo muito mais recente e, acredito, crucial: o despejo da Casa de los Pueblos, Altepelmecalli, em Puebla [México], pela Guarda Nacional e a polícia estatal para entregá-la à multinacional Bonafont/Danone.

 

Se nos guiarmos pela cultura política em uso, estamos diante de uma clara derrota das 22 comunidades e da organização Pueblos Unidos que promoveram a recuperação da fábrica, e diante de um triunfo dos governos federal e estatal. Ao contrário, o fechamento da fábrica, no dia 22 de março de 2021, Dia Internacional da Água, deveria ser considerada uma vitória.

 

Penso que as coisas são completamente diferentes. Proponho parar de utilizar argumentos e conceitos que, sendo adequados para refletir sobre os conflitos interestatais, ou para quem tem como objetivo ocupar o Estado, não os são em absoluto para abordar as resistências dos movimentos sociais e dos povos em movimento.

 

O que seria a vitória para um povo originário? E a derrota? É evidente que não se relacionam com o que festejam, ou lamentam, os políticos do sistema, e mesmo seus seguidores.

 

Os objetivos dos povos não têm relação básica com agendas externas, seja com os calendários eleitorais, as revoltas para tomar o poder ou para retirar alguém do mesmo, mas com o mais interno e profundo de um povo: sua sobrevivência como tal, a persistência do que faz com que continuem sendo povos. Ou seja, sua diferença em relação à cultura e os modos hegemônicos, ou de cima.

 

A grande derrota de um povo seria seu desaparecimento como povo, a perda de territórios, língua, modos de viver e de se relacionar entre seus membros e com os ambientes. Claro que precisam frear as obras de infraestrutura em curso e colocar limites à pilhagem. Mas não fazem isso para conseguir maior visibilidade nos meios de comunicação da cúpula ou mais poder de negociação, mas porque a economia extrativa de pilhagem os coloca em risco como povos.

 

Quero insistir em que os modos de nos aproximar das resistências dos povos originários, e dos que resistem na base, implica em deixar de lado a cultura hegemônica (midiática, caudilhista, colonial e patriarcal) para compreender as razões e os objetivos de cada ação. O grande triunfo do fechamento do poço de Bonafont foi que os poços dos camponeses voltaram a se encher de água e que esse espaço de morte se tornou um espaço de vida para todos os que querem frear a pilhagem.

 

Mais do que de triunfos ou derrotas, podemos falar em passos à frente, passos ao lado, ou retrocessos, no longo caminhar dos povos sobre si mesmos. A resistência dos povos nauas da região choluteca tem décadas em sua fase atual e séculos, caso sigamos o rastro de seu longo tempo.

 

São necessários outros parâmetros para medir avanços e retrocessos da gente da base: como está a organização, como estão os corações e o ânimo, o nível de participação de mulheres e jovens nas atividades, continuam sendo diferentes porque respeitam seus modos ou começam a se apoiar no mercantil e abrem seus territórios à lógica do capital.

 

Esses são alguns dos aspectos que permitirão que continuem caminhando durante o tempo que for necessário.

 

Na política hegemônica, trata-se de caminhar em linha mais ou menos reta para um objetivo, às vezes atravessando enormes sacrifícios, para começar a descansar (assim se imagina) quando chegar ao poder.

 

Na lógica dos povos, como já ensinou o Velho Antonio, caminha-se em círculo e nunca se deixa de caminhar, porque resistir e lutar não é um meio para, mas a forma de vida escolhida para continuar sendo.

 

Leia mais

 

  • A lógica geopolítica bloqueia a emancipação. Artigo de Raúl Zibechi
  • Os povos e a guerra entre potências. Artigo de Raúl Zibechi
  • “Estamos em uma crise civilizatória que começou antes da pandemia”. Entrevista com Raúl Zibechi
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